sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Turn Me On

Luv Cocorosie.



Só acredito em arrepios e pontos de interrogação.

Tenho completo desrespeito por expressões como "padrão", "modelo", "paradigma".

Há sempre um teorema grave, a grande boca, louca pra engolir nossos cinco e sextos sentidos, arrotando que arte não é uma simples inspiração, tampouco antena ou ingenua sedução. Não, arte é matemática, já ouvi e pra mim tanto faz. Apenas duvido das cartilhas pragmáticas e do conforto criativo.

Um estudioso sempre estará em pé, pedra no meio do caminho, nariz grande angular vaidoso tentando ocupar todas as respostas, me garantindo que não sei, não sou, que meu olhar distorce e minhas linhas são incertas. Mas não é de frio que tremo, nem de medo. É outra coisa, várias, sem nome, quentes e úmidas.
Há sempre um, uma a me garantir que arte não pode ser irresponsável. Mas eu simplesmente sou, me afogo, erro chapada de idéias, me perco, anoto em papeizinhos, esqueço, retomo, abro os braços rindo muito: - Eu sou uma irresponsável!

E sigo em frente, pro lado, volto atrás, caio, me machuco e vou ao céu e pra onde eu bem quiser.

Invento linguagens novas sempre que desobedeço.













quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Zaz à Montmartre

Da série, músicos que não me cansam :)

Alina Orlova

Eu e a Mia, minha assistente em vários projetos, descobrimos a Alina quando meu estúdio foi contratado pra desenvolver site, logo e fazer as fotos da marca DOMA, que é inspirada na Rússia. Passou a ser uma das trilhas em tardes de criação por aqui :)


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O som que eu toco vem do estômago.

Falo muito pouco sobre meu trabalho com trilhas sonoras. Na verdade, desde que comecei a estudar no Instituto de Artes da UFRGS eu não comento quase nada que faço, porque por lá a gente tem que fingir que não sabe de nada e quando você se apresenta num começo de semestre e cai na asneira de dizer que já é profissional como artista... bá, ganha um bom número de novos desafetos. Aqui fora é diferente, a gente gosta de contar uns para os outros o que andamos fazendo, criamos redes, viajamos com os trabalhos, ultrapassamos fronteiras e vamos nos comunicando com o mundo.

Tá, mas não vale a pena pensar nesses freios da academia. Aqui é o meu blog novo e em março inauguro o sítio :)


Voltando a essa vivência de repertórios e autorias, a música chegou tarde na minha vida. Acho que eu já tinha quase 20 anos quando entrei na minha primeira banda. De início era uma brincadeira boa. Todo mundo que andava pelo Bom Fim tinha que ter uma banda, ou três, ou cinco! Assim como todo mundo tinha que ter um fanzine. Eu era como todo mundo.

Não sou leonina quando o assunto é música. Viro outra pessoa. Tanto que confisquei do nosso acervo todos os vídeos onde apareço no palco. Lembro que eu tocava o contrabaixo de costas pra o público e só os enfrentava na hora de cantar. Fiz muitos shows cantando e tocando baixo ou até teclado, mas eu não olhava para as pessoas e achava ótimo quando as luzes do palco não deixavam a gente enxergar ninguém.
Quando me apaixonei pelo theremin eu já tinha virado outra. Fazia animação direta na película super 8 e ficava sozinha na penumbra por dias e noites só com a luz da mesa e do projetor. Era uma imersão que eu tentei passar no meu vídeo "Borboletas no Estômago". Uma sensação de ter ficado líquida. A solidão passara a ser minha multidão e sempre que me convidaram pra tocar theremin em algum show, dei uma desculpa. 

Participei de todas as trilhas dos filmes do Cinema8ito porque um estúdio de gravação sim, isso é um clima que eu curto.

E assim eu fui me fechando. Desde 2007, quando comecei a assinar trilhas sozinha e a fazer vídeos onde sou a única equipe, fiquei de tal modo hermética que muitas vezes gravo trancada dentro de um grande guarda-roupas de acervo de figurinos que tenho aqui em casa. 

Bem, isso são apenas curiosidades que eu gosto de contar, afinal um dia ficarei velha, morrerei e, sendo eu uma outsider, só esses poucos fãs leais e apaixonantes que eu tenho, saberão dos meus processos esquizofrênicos. Vai até que alguém trate de fazer o meu trabalho se tornar um tanto mais conhecido daqui há uns 30 anos, quando eu estiver mortinha da silva?

Essa vídeo arte que mostro abaixo é de um grande amigo lá do Rio, que muitas vezes me recebeu na casa dele, pois quando eu estava carioca eu vivia de mochila. Nunca fiquei mais que três meses no mesmo lugar. 
E, como grande amigo, ele me convidou para fazer a trilha sonora. Gosto muito desse trabalho, tomara que vocês gostem também.
beijos :)






domingo, 23 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

TRAVESSIA


Vídeo Arte de Biah Werther sobre Portais, gaúchos e Elementais.
Câmera: Nelson Realista
Música: Voz dentro da sua cabeça
Composição de Vinha da chuva
com Participação de Biah Werther Tocando Seu theremin
 
TRAVESSIA de Biah Werther on Vimeo .