segunda-feira, 8 de maio de 2017

O Paul, As crianças, A vaca e o Frango.

Quando escuto a marca Paul McCartney não me dá vontade de pagar muitos dinheiros pra ir no seu show. O nome, hoje em dia, me remete a coisas como o projeto "Segunda Sem Carne". Foi ele quem lançou o “Meat Free Monday" na Grã-Bretanha.
A propósito da cultura de comer carne versus o atraso no debate sobre o holocausto animal e as propagandas sinistras de produto feito de sangue, tenho minhas dúvidas quando mostram as crianças que nascem veganas como uma novíssima geração que está começando a chegar iluminada.
Acontece que minha irmã mais velha nasceu vegana e sei de outros casos. Assim, do nada, no meio de uma família de estancia. Eu mesma vim num parto humanizado numa cama de fazenda e há parentes vários que trabalham com gado, cavalos e essas lidas por este país. Deve ter sido um susto a outra chegar dizendo que bicho ela não iria colocar na boca.
Ok, não duvido que estejam ocorrendo mais e mais casos de crianças que já nascem sabendo, mas me parece que também há mais pais que não obrigam as crianças a comerem carne. A evolução é natural. No caso da minha irmã, o raro mesmo foi meus pais não a obrigarem a comer carne. Ela era uma criança que hoje chamariam de índigo por diversos motivos além deste, então acho que não saberiam dizer não a ela. E não tinha nada a ver com saúde ou vaidade, era uma questão de não comer seres sencientes.
É bonito isto, quando a maioria de nós tem que passar a vida se debatendo num assunto tão óbvio.
Na verdade, o que sobra em capacidade de sentir, coexistir e da razão do existir em muitas espécies escravizadas, nos falta como humanos.
Vejam que nosso dilema é ter que decidir entre o cheirinho do churrasco e a lágrima de um ser escravo que vive no aguardo de ser trucidado a pauladas e chutes, muitas vezes ainda bebês.
Todo mundo sabe, todo mundo vê o que estamos fazendo de horroroso, mas todo mundo acha "bichisse" pensar nisto.
Bom almoço \o/ Eu vou ficar só no cafezinho hoje.


Um beijo
biAhweRTher