sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Só acredito em arrepios e pontos de interrogação.

Tenho completo desrespeito por expressões como "padrão", "modelo", "paradigma".

Há sempre um teorema grave, a grande boca, louca pra engolir nossos cinco e sextos sentidos, arrotando que arte não é uma simples inspiração, tampouco antena ou ingenua sedução. Não, arte é matemática, já ouvi e pra mim tanto faz. Apenas duvido das cartilhas pragmáticas e do conforto criativo.

Um estudioso sempre estará em pé, pedra no meio do caminho, nariz grande angular vaidoso tentando ocupar todas as respostas, me garantindo que não sei, não sou, que meu olhar distorce e minhas linhas são incertas. Mas não é de frio que tremo, nem de medo. É outra coisa, várias, sem nome, quentes e úmidas.
Há sempre um, uma a me garantir que arte não pode ser irresponsável. Mas eu simplesmente sou, me afogo, erro chapada de idéias, me perco, anoto em papeizinhos, esqueço, retomo, abro os braços rindo muito: - Eu sou uma irresponsável!

E sigo em frente, pro lado, volto atrás, caio, me machuco e vou ao céu e pra onde eu bem quiser.

Invento linguagens novas sempre que desobedeço.













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