sexta-feira, 25 de abril de 2014

O coração inquieto, as projeções, a lama e o gatinho perdido.

O espetáculo de ontem foi lindo, a banda Músicas Intermináveis pra Viagem, pra qual fizemos cenários efêmeros, ficou muito feliz e agradecida; o público foi só elogios no final. Fazer meu trabalho num teatro é sempre muito emocionante. Aquele sinal pra avisar que vai começar dá uma sensação inexplicável. Porém, por contingências que só os exus e deuses dos equipamentos eletrônicos entendem, foi daqueles dias em que você tem vários problemas técnicos sem explicação outra que não seja a transcendental. Sim, tem dias que problemas que não aparecem nos vários testes, resolvem surgir assim que a luz se apaga e a adrenalina da responsabilidade é como pular de um penhasco sem paraquedas. Penso que meu notebook e projetor principais ficaram com ciúme porque, de repente, na passagem, fomos passando as idéias mais legais do set para a outra bancada. Ok, quem usa bigmac vai dizer que meu problema tá é no windows.
Esse caso entre eu, projetores, câmeras e programas de edição é um vício, só que a batida demora muito mais tempo. Talvez porque só faço o que eu gosto, continuo apaixonada e sem chão. As rotinas estragam as relações de amor, então melhor correr os riscos do inesperado.

Bom, fiquei pilhada até de madrugada, tomando um malbec, escutando Gal Costa e postando na minha fanpage algumas fotos do espetáculo.

Já pela manhã, sonhei que eu pegava um ônibus cor de laranja e ele ia pra algum lugar na periferia da cidade. Dentro do coletivo havia uma bebê felino preto, abandonado por algum sacripanta. Na falta de alguém que quisesse assumi-lo, resolvi levá-lo comigo, pra cuidá-lo até arranjar um lar.
Descemos numa rua que era só lama. Parecia um campo de obras em dia de chuva.
Caminhava com dificuldade ali e, pra piorar, o filhotinho pulou do meu colo. Comecei minha aventura tentando capturá-lo naquele ermo lugar desconhecido e barrento. 

Acordei a uma da tarde. Céus, como preciso viajar! Desde fevereiro não sei o que é sair daqui. Outono, preciso organizar minha cabeça e meu coração, parar de enrolação, decidir pra onde vou antes que comece a enraizar. A cada dia acordo decidida a ir pra algum lugar. Hoje é São Paulo, ontem foi o Rio, sábado passado era Montevideo e no início do mês estava pesquisando as passagens pra BsAs. Talvez, se eu voltar a produzir o Cinema na Mochila... que daí eu vou pra onde me chamarem. Era tão mais fácil aquela época.

O que será que significa sonhar com lama e um gatinho preto abandonado?

Olha só, não quer visitar minha fanpage, a página Clandestina? Estou postando lá fotos das projeções VJ de ontem :)

Enquanto isso, vou ali no pilates, fazer 300 abdominais. Vai que me decido por morar na praia e projetar nas dunas!


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