sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Cara de cool



Descobri hoje pela manhã, no hypeness, uma campanha "aceite o mundo como ele é"- ao menos entendi que seria isso. A ideia é, segundo a matéria, "se policiar" para não reclamar de nada por uma semana e depois contar no canal hype, de hype para hype, o que mudou em sua vida. Me pareceu uma espécie de corrente de auto-ajuda específica pra quem usa camisetas modernas e faz cara de cool, voluntariamente, com o dedo diante da boca, símbolo da censura pós moderna. Sim, fazer foto-psiu parece ser obrigatório pra provar que aderiu à confraria.
Apesar de ser uma campanha hype, isso de fingir que está tudo sempre bem, de moderno, não tem nada. Minha avó, no século passado, chamaria a atitude de "come a sardinha e arrota o salmão". Com o agravante de, no caso, estarmos falando do alimento social, cultural, conceitual, político. Vai além da ingenuidade provinciana de mentir pro vizinho que tem mais do que o trivial dentro das panelas, mas unir-se com os vizinhos pra mentirmos todos juntos que está tudo bem ao nosso redor. Nada a reclamar, a não ser que você esteja precisando trocar de terapeuta.
De verdade, a minha antipatia por essa "campanha" boba para nos unirmos a controlar o senso crítico nem é a cara desses hypes caricatos fazendo psiu. O estapafúrdio é ler gente metida a muderninha achando bonito se policiar.
Não sei se é falha da minha terapeuta, mas eu, de polícia, quero distancia esteja ela com a farda tradicional ou com farda de degustador de sushi.
Assim, sendo que acredito sempre na desobediência, vou rir da cara do janota que inventou tal campanha. Meu! Teu problema é ser medroso. Deves ter sofrido bule na infância ou algum adulto cretino te fez uma lavagem cerebral. Isso de fingir que tudo é perfeito são bobagens que andam boStando na tua cabeça Emoticon wink Pode reclamar, guri, ninguém vai te por de castigo e tirar o teu sushi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário