domingo, 23 de agosto de 2015

Mínima

Não escrevo um poema em busca da melhor das rimas
Não forjo a composição para competir com a tua poesia
Nada sei sobre os meios

Do princípio do meu vício
Só me ocorre a solidão                       medo
Escuro, insônia, vultos nas cortinas
As formas nas nuvens, esconderijos, grãos
Porão, marca, cheiros, frio                 fumaça
Meu corpo no chão.
Passos, sussurros, a lágrima quente            o jasmim.
Micro partículas reluzindo no lento raio de sol
O mesmo raio desmaiado esgueirando a fresta

Tarde morna fora do tempo.
Amigo vento

Sensações, fugas, fantasias e desejos
Então não perca tempo a competir
Leve consigo o antes, o melhor e o mais

Íntima do ínfimo
Escrevo porque preciso
Porque sobrevivo
Escrevo porque não cabe em mim
Escorre de mim, sangra de mim, suspiro
Escrevo porque te amo desde antes e bem depois.

]bw[

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