terça-feira, 6 de outubro de 2015

O machismo começa na criação.

O machismo como cultura termina na mãe que cria. Nem todo homem conseguirá libertar-se do machismo feminino porque, no mais das vezes, ignora outra realidade possível. 
Porém, onde a mãe comunicar o fundamental enquanta amamenta, a sociedade se transformará, o homem assimilará, se orgulhará e vivenciará o inevitável segredo feminino dentro de si. O equilíbrio do ser.
De coronéis cretinos a pais abusadores, maridos que matam e chefes que assediam, homofóbicos covardes, meninas objeto, mães que perpetuam a doença social, todo o machista, toda a machista - exceto, talvez, os humanos com desvios mentais - possivelmente não o fosse se tivéssemos a sorte de ele ter sido criado por uma mãe feminista.
Mesmo num lar opressivo, me parece que a mulher que embala a criança tem um poder de mudar o mundo, mas desconhece ou teme tal força.
Nesse sentido, é provável que as crianças das famílias sem distinção de gênero em suas responsabilidades, as famílias com dois pais ou duas mães, talvez consigam gerar crianças mais livres e leves, por estarem alheias aos exemplos de desigualdade.
A obrigação de ser uma moça machista, o orgulho de ser um moço machista é pior do que uma condição meramente ultrapassada e preguiçosa. Assumir um papel machista é pactuar com uma sociedade que sente dor.


]bw[

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