sábado, 28 de maio de 2016

Eu na Península.

Adotei meu nome artístico na adolescência , dentro de um momento de profunda depressão, querendo viver de arte, saindo da casa dos pais como uma espécie de renegada, me sentindo velha, engolindo a vida a seco e repetindo: eu aguento. Morei sozinha numa casa gigante de 4 quartos, quase sem móveis, uma goiabeira e 30 gatos. Foi onde aprendi a fazer partos felinos e comida vegana. Na época eu andava pelas ruas com o Werther embaixo do braço, era frio e eu criava roupas pretas... Pouco mais tarde viria meu filho e eu fundaria, entre outros oitos, o Cinema8ito. Na apresentação do evento onde participo dia 31, na Península, os organizadores citaram:
"Quando a exaltação definha, fico reduzido à mais simples das filosofias: a da resistência (dimensão natural das fadigas verdadeiras). Aguento sem me acomodar, persisto sem me aguerrir: sempre transtornado, jamais desanimado; sou uma boneca Daruma, um joão-bobo sem pernas no qual despegam piparotes incessantes, mas que finalmente retoma o prumo, graças a uma quilha interior (mas qual seria minha quilha? A força do amor?). É o que diz um poema popular que acompanha essas bonecas: A vida é assim, cair sete vezes e levantar oito" (Werther)
Amor.


É DIA 31 NA GALERIA PENÍNSULA: https://www.facebook.com/events/1300222196673178/

RESISTÊNCIA É CRIAÇÃO

Entendemos a resistência como criação seguindo os passos de um pensamento que deseja a diferença. Neste momento de labirintos políticos e lutas convidamos artistas, produtores, realizadores, coletivos, profissionais da cultura e a sociedade civil para uma conversa-debate sobre o processo, os símbolos e as implicações imediatas da atual política instalada no Brasil. A proposição é criarmos um grito de resistência em meio a esta dimensão confusa e catastrófica, partindo do pressuposto de que arte e cultura não são apenas pra garantir o trabalho e exercício intelectual do artista, mas (e sobretudo) existem para garantir a atividade do pensamento e da prática do corpo social, da população como um todo. Central e periférica, do Oiapoque ao Chuí. A responsabilidade da construção de um processo político e cultural também é nossa, agentes culturais.
Local: Galeria Península (Andradas, 351). Porto Alegre.
Data: 31/05 (terça-feira) às 19h

DEBATE ABERTO E PÚBLICO

Participam do debate:

Patricia Argollo Gomes
Psicologa, Mestre em Psicologia Social e Institucional/UFRGS, Dra. em Informática na Educação/UFRGS, Docente, Apaixonada por Arte, Pensamento e Escrita, Militante pelos Direitos Hunamos. Meu conceito chave é Trans.

Ana Albani
Doutora em Artes Visuais pelo PPAV UFGRS. Professora no Instituto de Artes da UFRGS, nos cursos de Artes Visuais e Historia da Arte, onde desenvolve pesquisa sobre Crítica Institucional. Vice-presidente da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas - Anpap gestão 2015/2016. Atua como curadora e critica de arte.

Pedro Guindani
Nascido em Porto Alegre em 1985, Pedro Guindani atua no mercado audiovisual do Rio Grande do Sul como diretor, produtor e roteirista desde 2006. Entre seus principais trabalhos como diretor e roteirista, estão os premiados curtas-metragens "Os Olhos de Capitu" (2007) e "O que ficou pra trás" (2014), nos quais atuou como diretor e roteirista; a minissérie "Bocheiros" e o longa-metragem "Terráqueos: Vestígios de uma Era Digital" (2014), nos quais foi produtor executivo, assim como nas três primeiras edições do FRAPA - Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre.

Lucas Maróstica
é estudante de jornalismo da PUC, ativista LGBT e representante da União Nacional dos Estudantes no Conselho Estadual de Juventude. 

biAh weRTher
fazedora de cine desconstrução*fotógrafa dos gestos submersos*tocadora de theremin*escrevedora de moscas volantes*misturadora de tecnologias* VJ *mochileira do Cinema8ito*desenhadora de nuvens e ventos*criadora de vestidos, coisas com luz dentro, patuás e música experimental.

Francisco Dalcol
Jornalista, crítico, pesquisador e curador independente. Doutorando em Artes Visuais (História, Teoria e Crítica) pelo PPGAV/UFRGS com pesquisa voltada às relações entre arte e política nas práticas artísticas contemporâneas baseadas em viagens, expedições, percursos e deslocamentos. Em 2016, ministrou o curso "Arte e política, arte política ou política da arte? Imbricações entre estética, crítica e política nas artes visuais" pela Anis Cursos, no Santander Cultural.

Nanni Rios
Jornalista formada pela UFSC com especializações em jornalismo digital (PUCRS) e economia da cultura (UFRGS), atua como produtora cultural e ativista pelos direitos humanos em Porto Alegre. É uma das integrantes do coletivo cultural Aldeia, onde mantém uma livraria e promove eventos literários com foco em literatura de autoria feminina e gênero e sexualidade. Às segundas-feiras, apresenta o programa Virada Mix, no canal Octo, sobre diversidade sexual, racial, cultural e de gênero. É uma das produtoras da festa de música brasileira Cadê Tereza?.

Apoio:
Galeria Península

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