segunda-feira, 11 de abril de 2016

É o olho!

Há uns 5 anos, durante uma das oficinas itinerantes que eu fazia pelo país, na hora do debate de abertura do evento, numa faculdade no Centro Oeste,
um aluno pediu a palavra, contou que tinha ganho de seu pai uma super câmera (acho que na época a bambambam era a 5D), que curtira meus filmes e perguntou sobre um em especial, que eu dissera ter exibido muito mais no exterior em eventos de multiarte e, o pouco que mostrei no Brasil, foi através de vídeo instalações.
De fato, era um experimental super simples que fiz totalmente sozinha, da produção até a trilha sonora. Para mim ele era muito mais uma vídeo arte e foi nesta fase criativa que eu comecei a entender que aquilo que eu tinha dado o título de Cine Desconstrução nada mais era que arte, até porque já exibia os trabalhos misturando um conceito VJ, eu sempre saia da sala escura, era mais forte do que eu não considerar finalizados os filmes a ponto de dar uma data pra eles e conseguir inscrever em festivais tradicionais.
Enfim, o garoto teceu elogios rasgados ao meu trabalho e depois perguntou qual câmera usava e qual o software. Os olhos dele me diziam que esperava sobrenomes.
Não são incomuns estas perguntas, grande parte das pessoas imagina que a câmera faz o fotógrafo ou o cineasta e não o contrário, só que a autoria está no olhar.
O filme em questão era o "Cantilena", cuja primeira versão foi rodada com uma mini dv, uma cibershot, uma webcam e ainda juntei uns restos de um super8 que eu nunca tinha terminado. Depois, na versão final, já andava mais clean e reeditei só com as cenas em mini dv. Hoje, talvez a chuva... ele foi rodado no mar, eu o coloquei na timeline pra repensar seu som.
Gentilezas \o/
biAh weRTher

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