sábado, 11 de fevereiro de 2017

Texto feminino sobre gestão para o sábado de manhã.

Os rapazes andam sem paciência nas relações de trabalho. (ou sempre foram truculentos?). Pavio curto, invasivos, sem o foco na humanização imprescindível e, com raras exceções, um vício de se relacionar com mulheres num tom professoral-patriarcal-"protetor"-além da medida do respeito. Não estou generalizando, claro. Estou falando de uma maioria que anda precisando estudar sobre o princípio das organizações, onde o começo é todo o tempo.
Mas como esperar que os homens compreendam preliminares nas suas experiências profissionais quando a desconhecem como um todo?
Por exemplo, nesta semana, eu que trabalho numa rede de esmagadora maioria feminina, só senti desconforto, desgosto, um gosto ruim, uma falta de tato, tom invasivo ou desconfiança de que posso não saber o que estou fazendo, em situações que envolviam homens. Foram cerca de 4 momentos de desrespeito, descrédito, desqualificação ou de me acharem inferior mesmo.
Na gestão de um processo, projeto, equipe... seja qual o modelo que você adota, não importa o seu modus operandi, o tamanho do seu plano, há uma delicada membrana que só os bons detectam, sejam preparados, tenham estudado administração ou não.
Falo da contextualização, da forma, dos métodos pensados para seus relacionamentos externos e internos.
Não se pode desconsiderar todas as fases e ter pressa.
"Objetivar" pode ser perigoso se você não percebe que no começo de toda e qualquer organização, antes do foco, antes dos cronogramas, antes dos organogramas, você primeiramente pensa a ideia, estuda abordagens, elabora e aprimora a sua interlocução.
A gente não vai chegando e pré-conceituando o que pensamos dos parceiros, prestadores de serviço, estagiários, apoiadores, colegas e, principalmente de nós mesmos.
Há um momento sublime, solene em cada começo de relacionamento que para muitos é perda de tempo.
Você tem, sim, que parar, esquecer os hormônios, dar uma meditada e estudar quem é o outro.
Relacionar-se no trabalho é uma dança e você tateia e precisa ter
s e n s i b i l i d a d e.
Há em grande parte das mulheres profissionalizadas - e falo isso por experimentar a vivência de fato e não por adivinhação - essa necessidade, inerente a todx o indivídux responsável, de conhecer o outro a partir do seu próprio olhar para saber como se reportar a ele. Não importa o que dizem, o que falam, o que parece. Importa o que é naquela situação
e s p e c í f i c a.
Os rapazes andam irritados. As mulheres andam, faz tempo, dirigindo os trabalhos, conduzindo as equipes com mais sabedoria. Eles perdem tempo precioso tendo pressa e achando tolice essa percepção que vem antes dos orçamentos, das metas e das assinaturas. Por que você só deve assinar quando linhas e entrelinhas estão absolutamente absorvidas e sem espinhos.


Uma mulher não precisa provar todos os dias que é capaz de fazer aquilo que ela já assumiu. Se foi escolhida, fez um concurso, passou por um teste ou empreendeu já provou e basta, bola pra frente. Não cabe a cada homem que chega, não cabe a quem vem propor uma parceria ou pedir um apoio, ao cara da van, ao colega, ao assistente de produção te sabatinarem, perguntarem se tu já fizeste isso ou como vai decidir aquilo antes de fazerem suas próprias tarefas ou te passarem um simples orçamento.
Não cabe a cada pessoa que porta um pênis invadir os planos íntimos da tua produção e te perguntarem qual tua cota pra tal projeto ou se ofenderem quando você avisa que não está precisando da ajuda deles além daquela que você solicitou ou para qual quer contratá-los.
Sim, queridos, "as meninas" sabem muito bem o que estão fazendo e onde querem chegar. E sim, amores, "as meninas" tem, como em qualquer ambiente profissional, informações sigilosas que não irão dividir com qualquer um que queira "dar uma força" que não foi solicitada.
Pensem nas relações de trabalho com mulheres, rapazes. Pensem muito nisto e nos falamos daqui uns 20 anos
Um beijo.
biAhweRTher

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